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Eram perto das 18h (em Lisboa) quando o meu telemovel tocou. O número desconhecido, o sotaque da voz vinha do meio do Atlântico. "Foi aceite e começa a trabalhar dia 3 de Otubro às 9h da manha". Estas foram as unicas palavras que ouvi, depois disso o meu cérebro desligou.
Desde que esta estória dos Açores começou que dizia que sim, eu vou. Mas, na verdade, lá no fundo, sempre achei que não ia. Sempre pensei que por uma razão ou por outra, eu nao ia ser aceite. Afinal fui e estou aterrorizada.
Uma parte de mim está muito feliz e quer arriscar, ir conhecer outras paragens e tentar agarrar um futuro. Outra parte tem medo, não quer sair daqui, do sitio que sempre foi a minha casa, do abrigo que sempre foram os papás e da companhia dos amigos.
Os sitios podem ser lindos mas são as pessoas que os tornam inesqueciveis. Eu não conheço os Açores, nem as pessoas de lá. Porém, conheço o Forte da Casa e arredores e as pessoas que me rodeiam valem por todo o ouro e diamantes que no mundo possa existir. E atrevo-me a dizer que os últimos dois meses e meio foram dos melhores momentos que já vivi. São momentos como esses que me prendem aqui. São pessoas como essas que me fazem querer ficar e nao ir para lá. Mas são essas mesmas pessoas que fazem força para que eu vá e ficam a torcer por mim, embora por dentro gritem "Fica". E eu fico. Dentro de cada uma dessas pessoas, eu fico.
São só seis meses. Estarei de volta.
2 Comments:
ainda bem q só foram estes últimos dois meses e meio.... boa sorte e boa viagem.
Fazes muito bem em ir! São só 6 meses. E é uma experiência fantástica!
bjs e boa sorte,
carolina
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