terça-feira, dezembro 25, 2012

the "we" word will be gone someday

Hoje tive um vislumbre do futuro. Não que seja propriamente bom, mas percebi algo que talvez já devesse saber há muito tempo mas achava que eram coisas da minha cabeça e que passavam com o tempo e (principalmente) com a idade.

As pessoas não são como nós pensamos ser. Elas são elas. Nós é que floreamos a ideia que temos delas e iludimo-nos, pensando que são como nós gostaríamos. Um dia descobrimos que não são. Que são aquilo que sempre foram e não aquilo que nós magicámos nas nossa cabeças para que tudo fosse mais perfeito.

E fazemos tudo por elas para depois descobrir que elas não fazem tudo por nós... às vezes nem metade!
Os burros somos nós, que nos iludimos.

Hoje tive um "abre-olhos". Percebi que a minha vida vai mudar. E até me atrevo a dizer datas: isto não dura outros 5 anos desta forma.

Uma coisa é certa... agora já nunca mais estarei sozinha, embora saiba que vou sentir a solidão em muitas noites escuras que aí virão.

Natal?

O Natal de hoje nada tem a ver com o de antigamente. Pelo menos o meu natal é muito diferente... ou então sou eu que ainda o quero ver com olhos de criança.

Antes a família toda reunia-se, brincávamos uns com os outros e a televisão era desligada.
Hoje assisto a um natal com pessoas na mesma sala mas completamente distante umas das outras.

A televisão berra programas uns atrás dos outros, sem nunca vermos nada do inicio ao fim porque é urgente fazer zapping e percorrer os 140 canais.

O computador está no colo de alguém, enquanto conversa euforicamente com os amigos do facebook, nem sequer ligando às pessoas que nos deveria ser mais próximas e estão sentadas mesmo ao nosso lado. Os de fora parecem ser mais atractivos.

Os telemóveis tocam a toda a hora com chamadas e mensagens... dos de fora daquela sala porque são mais atractivos do que quem está fisicamente na sala.

Ou seja, juntam-se uma data de corpos na sala, mas a cabeça e o coração não estão lá.
E o meu coração que estava lá? Ficou mais uma vez sozinho, no meio de tanta gente... ocupada com pessoas de fora.

Ou eu estou muito desactualizada ou o conceito de natal em família está muuuuuuuuuuuuuuuiiiito diferente (infelizmente).

No próximo ano refugio-me sozinha com um filmezinho deprimente que me faça dormir antes da meia-noite. Mais vale!